autismo

Tudo o que você precisa saber sobre o autismo

O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é considerado uma das condições humanas mais complexas de se entender e de se abordar.

No entanto, de uma forma mais simples, podemos dizer que ele é classificado como um transtorno de ordem psiquiátrica, no qual os portadores possuem problemas cognitivos, de interação social, de comunicação e apresentam padrões de comportamentos repetitivos.

Normalmente, esses sinais começam a ser percebidos na infância, por volta dos 2 e 3 anos de idade, e persistem durante a adolescência e também na vida adulta.

A Organização Mundial da Saúde, estima que há cerca de 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milhões apenas no Brasil.

Existem causas específicas para esse tipo de transtorno?

A causa exata para o transtorno do espectro autista ainda não é totalmente conhecida, ainda que os estudos nesse campo sejam bastante intensos.

O que se sabe é que não existe uma causa única para esse transtorno. Muitos fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento, especialmente os genéticos e ambientais.

No entanto, alguns especialistas acreditam que a sua origem principal esteja relacionada a anormalidades em alguma parte do cérebro com provável origem genética.

Dentre os agentes externos que podem acentuar o risco de desenvolvimento do TEA, destacam-se: a poluição do ar, uso de álcool durante a gestação, complicações fisiológicas, infecções virais e exposição ao mercúrio.

Quais os principais sinais que indicam a presença do autismo?

Como foi dito anteriormente, os principais sinais desse transtorno, geralmente,  começam a se tornar evidentes logo nos primeiros anos de vida da criança, porém existem casos em que eles aparecem de maneira mais tardia.

Entre os principais sinais, destacam-se o atraso acentuado na linguagem e no desenvolvimento social. 

Contudo, o autismo pode ser dividido em duas categorias, para uma explicação mais detalhada acerca dos seus sinais, que são:

Na comunicação e interação social:

  • Dificuldade em desenvolver e manter relacionamentos sociais;
  • Dificuldade de manter contato visual com outra pessoa;
  • A fala é usada com dificuldade;
  • Parece preferir ficar sozinho;
  • Pode não demonstrar sentimento afetivo com outras pessoas;
  • Dificuldade de manter uma conversa.

No comportamento:

  • Hiperatividade ou muita passividade;
  • Ausência de consciência do perigo;
  • Segue rigidamente uma rotina ou comportamentos específicos;
  • Dificuldade em lidar com alterações na rotina;
  • Choro ou risadas em momentos inadequados;
  • Hipersensibilidade a determinados sons;
  • Interesse fixo.

Diagnóstico

Diagnosticar esse transtorno não é uma tarefa simples, já que não existe um exame específico que identifique o TEA.

Por essa razão, é preciso uma equipe especializada composta por médicos, psicólogos, entre outros profissionais, para realizar uma avaliação completa que permita um diagnóstico definitivo.

Essa avaliação leva tempo e consiste no acompanhamento contínuo da criança, para que seja possível observar o seu comportamento, analisar a sua história de vida e acompanhar o desenvolvimento de suas relações sociais, até que se preencham os requisitos necessários que confirmem o diagnóstico.

Existe tratamento?

Apesar de não existir cura para esse distúrbio, há algumas opções de tratamento disponíveis que podem melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada, aliviando os seus sintomas e fazendo com que elas se sintam melhores.

Entre essas opções podemos citar a intervenção terapêutica, que proporciona uma melhora considerável nas habilidades sociais e comunicativas dos portadores do TEA. 

As principais abordagens terapêuticas são feitas por meio de fisioterapia, terapia de jogos, terapia da fala, terapia comportamental e até mesmo a terapia ocupacional.

Além disso, alguns especialistas podem indicar uso de cobertores, massagens, roupas pesadas e até mesmo técnicas de meditação para gerar um efeito relaxante ao paciente.

Entretanto, é importante ressaltar que os resultados de cada tipo de tratamento varia muito de acordo com cada pessoa. O ideal é buscar um médico especialista que trate o autismo do portador da melhor forma possível para ele.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!

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