O encontro de um(a) Psicanalista com um(a) Psiquiatra pode trazer contribuições na vida/existência de um sujeito, na medida em que esse encontro não tenha como finalidade apenas o mero diagnóstico correto e a estipulação da medicação adequada àquele que busca um tratamento. Nesse sentido, respectiva junção traz resultados quando esses profissionais estão de acordo quanto ao fato de estarem tratando de sujeitos desejantes, com seus sonhos, esperanças, temores, sucessos e fracassos.

Assim, essa aliança contribui quando ambos sabem que esses sujeitos, que contam com o diagnóstico psiquiátrico, podem passar pela experiência de falar de si, de suas dores, de seu sofrimento a um analista, que não pode ser qualquer um. O sujeito em tratamento irá, então, descobrir aonde vai dar esta maravilhosa aventura cheia de eventos imprevisíveis e singulares, os quais possibilitarão o encontro com a sua verdade subjetiva. Portanto, a Psiquiatria e Psicanálise podem se unir em favor do paciente quando, nessas duas áreas, há um pensamento em comum: tratar o paciente como sujeito. Mas alerto, não se trata de qualquer psiquiatra e nem de qualquer analista.