Lidar com experiências traumáticas pode trazer muitas consequências, temporárias ou permanentes. Quando esses efeitos são graves, podem sinalizar um transtorno conhecido como TEPT, ou transtorno de estresse pós-traumático.
Você já ouviu falar nessa condição? Sabe como ela ocorre ou é causada? Então, recomendamos a leitura deste post. Nele, você entenderá tudo o que precisa sobre esse transtorno.
O que é o transtorno do estresse pós-traumático?
O Transtorno do Estresse Pós-Traumático é uma condição que pode ser definida como uma resposta do cérebro a um ou mais eventos estressantes que, na época, provocaram grande sofrimento emocional, físico ou psicológico.
Ainda, as memórias ruins fazem parte da vida de todos nós e cada uma desperta emoções e sensações específicas. Porém, algumas lembranças negativas podem vir acompanhadas de traumas psicológicos que aprisionam as pessoas.
No entanto, cada pessoa é afetada de uma forma por esses sentimentos. Enquanto algumas lidam bem com o ocorrido, outras não conseguem digerir as memórias ruins, de modo que revisitam esse momento, gerando estresse e grande sofrimento emocional.
A recorrência dos sintomas de TEPT dificultam a vida da pessoa traumatizada, fazendo com que tenha problemas para realizar tarefas cotidianas, como estudar, trabalhar, ir ao mercado, viajar, ter um relacionamento, entre outros.
Quais os sintomas?
Os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático são observados em diferentes graus e não ocorrem simultaneamente, de modo que uma pessoa pode ter mais sintomas físicos que emocionais ou vice-versa.
Ainda, o diagnóstico de TEPT é confirmado quando a sintomatologia persiste por mais de um mês. Esses sinais podem desaparecer espontaneamente, à medida que o indivíduo passa a seguir um estilo de vida saudável. Os sintomas são classificados da seguinte forma:
- intrusivos: sensação de pânico, medo súbito ao lidar com um estímulo emocional que remeta ao trauma e desespero;
- ansiosos: pensamentos incontroláveis de caráter negativo que causam grande ansiedade e desejo de fugir desses devaneios;
- desproporcionais: reações disfuncionais causadas por um conjunto de sentimentos e pensamentos ansiosos. Pode ocorrer do indivíduo lembrar-se de um evento traumático e desencadear uma reação exagerada;
- isolamento social: desejo de se isolar de amigos, familiares, evitando qualquer contato social;
- flashback: memórias recorrentes e involuntários que retornam subitamente a mente da pessoa, fazendo com que imagine estar novamente vivendo aquela experiência;
- amnésia dissociativa: dificuldade de lembrar de partes significativas do episódio traumático.
Como é o tratamento?
O tratamento do transtorno de estresse pós-traumático não é simples, principalmente se a experiência traumática está profundamente enraizada no inconsciente. A psicoterapia é a principal ferramenta para tratar esses pacientes.
O objetivo desta abordagem é facilitar o entendimento do indivíduo sobre sua condição e demonstrar que existem caminhos para redescobrir a vontade de viver e superar esse episódio. Em alguns casos, além da psicoterapia, se faz necessário o uso de medicamentos prescritos pelo médico.
No TEPT, o psicólogo desempenha o importante papel de fazer com que a pessoa aprenda a interferir nos pensamentos negativos, nas atitudes que desencadeiam os sintomas. Além disso, existem grupos de apoio que ajudam o indivíduo a entender que ele não está sozinho.
Enfim, com a leitura deste post, você conheceu tudo sobre o transtorno de estresse pós-traumático e entendeu como ele pode ser prejudicial à vida do paciente. Portanto, caso conheça alguém que sofra com esse transtorno, indique a necessidade de buscar o apoio de um psicólogo.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!
