O transtorno de despersonalização, também conhecido como síndrome de despersonificação, é uma doença que faz com que a pessoa se sinta desconectada do seu próprio corpo, como se visse fora dele.
Também é comum que haja sintomas de desrealização, ou seja, uma alteração de entendimento do ambiente que envolve, como se tudo que está à volta fosse artificial ou irreal.
Esta doença pode aparecer de forma gradual ou súbita, e embora possa surgir em pessoas saudáveis que estejam passando por situações de cansaço extremo, estresse ou consumo de drogas, ela está muito associada a doenças psiquiátricas, como esquizofrenia, transtornos de ansiedade ou depressão.
Para tratar a síndrome de despersonificação, é preciso um acompanhamento psiquiátrico, para que o paciente receba as devidas orientações sobre o uso de remédios como ansiolíticos e antidepressivos, bem como a psicoterapia.
Lidando com o transtorno de despersonalização
Existem algumas formas de lidar com a despersonalização. Veja, a seguir:
Reconheça e aceite o sentimento de despersonalização
Normalmente, esse sentimento não é ameaçador e geralmente tende a desaparecer. Embora a sensação seja desconfortável, ela é passageira.
Reconhecer e aceitar a síndrome de despersonificação, fará com que ela não consiga ter um controle total sobre você.
Mantenha a concentração no ambiente ao seu redor
Fique atento aos sons ao seu redor. Preste atenção em todos os movimentos que fizer.
Desta maneira, você fará com que sua mente fique relacionada ao momento presente, e consequentemente minimizar o problema.
Você pode também sempre carregar algum item palpável, para tocar durante os momentos em que sintomas se apresentarem de forma mais intensa.
Relacione-se
Comece ou dê continuidade a uma conversa, por exemplo. Isso o trará para o momento presente. Se estiver só, você pode ligar para um parente ou amigo somente para se distrair.
Lembrando, que você não precisa necessariamente tocar no assunto “despersonalização”
Pratique a respiração diafragmática
Quando nos sentimos ansiosos, nosso corpo entra em um estado de “fuga ou luta”. A respiração diafragmática pode intervir nesse ponto e ajudar no relaxamento corporal.
Para colocá-la em prática, é necessários seguir alguns passos:
- Deite na cama de costas;
- Dobre os joelhos, e coloque um travesseiro debaixo deles para servir de apoio;
- Coloque uma das mãos sobre o peito e a outra logo abaixo, na altura do tórax;
- Inicie a respiração pelo nariz de forma lenta e profunda;
- Veja seu estômago afastando sua mão que está na altura do tórax para fora (a mão que está sobre o peito deve permanecer ali);
- Pressione a musculatura do estômago e expire lentamente pela boca.
Acabe com os pensamentos negativos
O transtorno de despersonalização pode te dar a nítida impressão que você perdeu o controle sobre si mesmo, parecer que está ficando louco e até mesmo fazer com que sinta falta de ar.
Para lidar de forma positiva com os pensamentos negativos, você dizer para si mesmo:
- Vou ficar bem. Eu posso relaxar;
- Esses sentimentos me incomodam bastante, mas são passageiros;
- Eu estou aqui no momento presente.
Reserve um tempo para o lazer
Os hobbies, sejam eles quais forem, aliviam o estresse, desde que você os pratique com regularidade, especialmente quando estiver desorganizado mentalmente ou mais ansioso.
Em suma, o lazer previne os sintomas mais agudos da síndrome de despersonificação
Pratique exercícios regularmente
A despersonalização normalmente está associada à depressão e à ansiedade, porém, o exercício físico é uma prática que consegue aliviar os sentimentos que fazem com que você não se sinta real.
Procure um psiquiatra
Embora não haja um fármaco específico que possa ser prescrito para a doença, geralmente, alguns antidepressivos e ansiolíticos são prescritos.
O psiquiatra poderá prescrever também outros medicamentos como clonazepam, fluoxetina ou clomipramina que também podem ajudar bastante a manter o transtorno de despersonalização sob controle.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!