A síndrome do pânico é um dos tipos de transtorno de ansiedade mais comuns. Ela é caracterizada pelo surgimento espontâneo, repentino e recorrente de ataques de pânico, onde as pessoas experimentam um medo bastante intenso.
Durante um ataque de pânico, a pessoa costuma apresentar, ainda, uma série de sinais e sintomas físicos que a fazem pensar que ela pode morrer ou entrar em colapso a qualquer momento.
É comum que todo mundo tenha uma ou duas crises de pânico ao longo da vida, especialmente quando ela é desencadeada por situações estressantes, mas nesses casos essa condição não é considerada um transtorno.
Isso porque, para a síndrome do pânico ser de fato caracterizada, é preciso que o paciente sofra essas crises com frequência, de uma forma que ele fique sempre apreensivo temendo o próximo episódio.
Estima-se, no entanto, que entre 4 e 6 milhões de brasileiros sofram com esse tipo de transtorno de ansiedade, que é duas vezes mais frequente nas mulheres que nos homens.
Causas
Assim como acontece com a maioria das doenças de origem psiquiátrica, ainda não se sabe exatamente o que causa essa síndrome.
No entanto, a ciência aponta alguns fatores que podem contribuir para o seu surgimento, que são: a genética, o tipo de temperamento do indivíduo, o estresse e algumas possíveis mudanças cerebrais que podem acontecer como uma reação a determinados acontecimentos na vida.
Além disso, segundo alguns especialistas, também existem alguns fatores de risco que podem desencadear uma crise de ansiedade e consequentemente uma crise de pânico. Os principais fatores são:
- Episódios de estresse excessivo;
- Morte ou doença de um amigo ou familiar;
- Estresse pós-traumático (TEPT);
- Excesso de preocupação;
- Histórico de violência ou abuso na infância;
- Repressão de sentimentos negativos;
- Excesso de responsabilidade e alto grau de exigência pessoal ou profissional;
- Histórico de traumas pessoais, como assaltos ou acidentes no trânsito.
Sintomas da síndrome do pânico
As crises de pânico causadas por esse transtorno provocam sintomas físicos e psicológicos. Confira a seguir quais são:
Sintomas físicos
- Suor intenso;
- Batimentos cardíacos acelerados;
- Calafrios;
- Tremores e formigamentos;
- Tonturas e vertigens;
- Dores ou desconforto na região do peito ou do tórax;
- Náuseas;
- Falta de ar, sufocamento ou sensação de asfixia.
Sintomas psicológicos
- Medo de morrer;
- Bloqueio mental;
- Sentimento de estar correndo perigo;
- Angústia;
- Medo de perder o controle ou enlouquecer;
- Despersonalização (sentir-se separado de si mesmo).
Todos esses sintomas surgem de forma repentina, alcançam seu pico em questão de minutos e podem durar por até 1 hora. Alguns pacientes podem, ainda, apresentar mais de uma crise durante o dia.
Tratamento
O tratamento mais eficaz para esse tipo de transtorno é a psicoterapia. Afinal de contas, esse é o melhor caminho para quem precisa cuidar da saúde e do bem-estar emocional.
A terapia cognitivo-comportamental está entre as melhores opções de tratamento para as pessoas que sofrem dessa condição, pois ela ajuda o paciente a compreender a forma como os problemas, pensamentos, sentimentos e comportamentos o atingem.
A TCC, como também é chamada, normalmente é baseada em uma consulta semanal com um terapeuta especializado, com duração média de 1 hora. Os resultados do tratamento já podem ser notados após algumas semanas ou meses, dependendo da pessoa.
No entanto, apesar da psicoterapia ser um método de tratamento totalmente eficaz, o tratamento pode ser mais extenso se o paciente além da síndrome do pânico, tiver também outro tipo de transtorno ou sofrer com depressão. Nesse caso, é indicado uma combinação entre psicoterapia e medicação.
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