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Erotomania: o que é, causas e tratamentos

A erotomania, também conhecida como Síndrome de Clérambault, síndrome do amor não correspondido ou ainda como “doença do amor”, consiste na certeza alucinante de uma pessoa de que outro indivíduo está secretamente apaixonado por ela.

Normalmente, esse indivíduo é uma celebridade importante ou pertence a uma classe social mais elevada. 

Embora a Síndrome de Clérambault tenha sido brevemente descrita como uma espécie de pensamento obsessivo, ela contém elementos consideráveis de irrealidade, inamovibilidade, pensamento delirante, convicção plena, incorrigibilidade por meio de argumentos lógicos, etc.

E, apesar de não ser muito comum, essa forma de delírio pode resultar em violência ou até mesmo em algo mais grave contra o interesse amoroso ou contra pessoas que sejam consideradas possíveis rivais do erotomaníaco.

Causas da erotomania

Assim como outros distúrbios psiquiátricos, a causa da erotomania não é conhecida claramente.

Ela depende de fatores psicogenéticos predisponentes e se apresenta como uma reação excêntrica ou inusitada da personalidade, ou surge subsidiariamente em alguns episódios psicóticos.

A síndrome do amor não correspondido pode ser primária ou secundária à psicose, especialmente a esquizofrenia, ou ainda a estados orgânicos crônicos ou agudos, como traumatismo craniano, gravidez, infecção por HIV, abuso de álcool, alzheimer, entre outros.

Como é feito o diagnóstico?

Basicamente, o diagnóstico da erotomania depende da avaliação clínica das narrativas feitas pelo próprio paciente, o que compreende sempre um certo grau de imaterialidade.

Não existe um exame eficaz ao ponto de entregar dados objetivos. Alguns casos se tornam evidentemente anormais, enquanto outros ficam em um estado de indefinição.

Fases da erotomania

A “doença do amor” geralmente se divide em três fases. São elas:

  1. Sentimento de esperança: a pessoa acredita que é amada por um determinado indivíduo;
  2. Sentimento de decepção: nesta fase, o paciente desenvolve sentimentos vingativos baseados na mágoa por seus sentimentos não serem correspondidos;
  3. Sentimento de ódio: por fim, a pessoa sente muita raiva, a ponto de se tornar ódio. Este sentimento resulta em ameaças vingativas ao indivíduo que ela acredita que ama.

Tratamento

As tentativas de tratamento desta patologia devem ser, conjuntamente, psicoterápicas e farmacológicas. O objetivo é fazer o paciente reaprender a viver a vida de forma plena, tranquila e com o equilíbrio necessário.

Na maioria dos casos, os medicamentos utilizados são os antipsicóticos.

Já o tratamento terapêutico apresenta uma resposta pequena por meio da redução das ideias de referência que o acompanham e da intensidade do delírio, sendo um pouco mais eficaz no controle do comportamento, possibilitando uma relação social mais adequada.

Alguns especialistas defendem a ideia de que a psicoterapia individual não é eficaz neste tipo de patologia. Terapias de suporte, tais como intervenções ambientais, familiares e sociais, tendem a entregar resultados melhores.

Por vezes, é necessário separar temporariamente o paciente do seu “objeto de desejo”. Esta separação pode ser de fato o único meio terapêutico de fato eficaz.

Historicamente, a erotomania é especificada como uma condição crônica e refratária ao tratamento.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!

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