A dissonância cognitiva é um conflito entre a forma de ver o mundo ou pensar e o jeito de agir e está relacionada com o psicológico de cada pessoa. Fica clara essa diferença ao observar o que um indivíduo faz e o que diz. Normalmente é causada por conflitos emocionais e pode prejudicar as relações sociais de uma pessoa.
Pode ser definida também como um incômodo gerado por pensamentos conflitantes, o que causa sofrimento para o indivíduo. Sentimentos como culpa e vergonha costumam se manifestar.
Sintomas da dissonância cognitiva
Qualquer pessoa pode lidar com a dissonância cognitiva quando passa a lidar com dois ou mais pensamentos que entram em conflito. É um reflexo de mudanças e de crenças trazidas da infância.
No entanto, a situação se torna prejudicial quando o indivíduo está em constante conflito consigo mesmo. Pensa e fala de uma maneira, age de outra e em seguida se culpa por não conseguir seguir o que sua mente havia determinado.
Os principais sintomas incluem essa divergência nas ações e na fala (ou pensamentos), constante sensação de culpa ou vergonha por não cumprir metas e agir contra suas crenças. Decisões enganosas, tomadas impulsivamente e a auto sabotagem também são sinais do problema.
Causas da dissonância cognitiva
Como as pessoas estão constantemente expostas a mudanças e novos fatores, várias podem ser as causas da dissonância cognitiva. Pode começar com algo simples, apresentado em um dia de trabalho, mas que conflita com algo que era importante para o indivíduo desde a infância.
Com o intuito de agradar e se encaixar, situação que pode ser resultante da depressão, da ansiedade e até mesmo de uma criação muito rígida, a pessoa até fala sobre o que acredita, mas na hora de agir, pode fugir completamente daquilo que foi dito.
O tempo todo a mente analisa situações às quais somos expostos, para ajudar na tomada de decisões mais certeira. No entanto, quando o foco fica apenas no conflito de dois pensamentos diferentes, a pessoa pode não conseguir sair do lugar.
Existe um tratamento?
O tratamento é bastante simples e inclui consultas com um psicólogo. É normal que existam conflitos de crenças, até porque esta é uma forma da mente entender o que representa perigo e ajudar o indivíduo a conviver em sociedade.
O problema surge quando o conflito é constante e a pessoa não consegue parar de pensar nisso. Não chega a um consenso, a ponto de suas ideias e ações serem completamente opostas. Isso causa sofrimento, pode piorar crises de ansiedade e por isso precisa de tratamento.
Durante a consulta, o psicólogo irá ajudar a entender o porquê de tantos conflitos, o que exatamente levou a dissonância cognitiva. Em seguida, trabalhará para que a pessoa dê menos importância a crença conflitante, buscando por outras que sejam mais próximas e favoráveis.
Além disso, também visa reforçar comportamentos positivos e evitar pensamentos negativos. Simples frases pensadas de forma diferente, como “Não consigo resolver esse problema, ainda” no lugar de “Não consigo resolver esse problema”, já vão ajudar a reduzir o conflito consigo mesmo.
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