A depressão pós-parto é um transtorno psicológico que pode acometer a mulher após ela dar à luz ou pode demorar um pouco mais e aparecer até cerca de 6 meses após o nascimento do bebê.
Sendo assim, a condição é caracterizada por mudanças físicas e emocionais, tais como tristeza constante e sem explicação, baixa auto-estima, falta de interesse no bebê, desânimo, sentimento de culpa, entre outros.
Além disso, ela traz consequências bastante negativas ao vínculo da mãe com o bebê, especialmente em relação ao aspecto afetivo. Nesse sentido, a situação pode causar sequelas prolongadas na infância e na adolescência.
Estima-se que entre 10% e 20% das mães experimentam sintomas relacionados a esse problema que, muitas vezes, se iniciam ainda na gestação. Para se ter uma ideia, de acordo com a American Psychiatric Association cerca de 50% dos casos se desenvolvem no início da gravidez.
No Brasil, a Fiocruz estima que uma em cada quatro brasileiras sofrem com esse tipo de transtorno.
Causas
A depressão pós-parto não possui uma causa específica, mas alguns fatores podem contribuir para a sua ocorrência, como por exemplo, quadros depressivos antes ou durante a gravidez, baixa idade materna, problemas no relacionamento, condição econômica desfavorável e violência doméstica.
Além disso, a falta de apoio do parceiro ou da família, o isolamento, a ansiedade, o estresse, a privação do sono e o vício em álcool ou outras drogas também podem levar a pessoa a desenvolver essa condição.
Sintomas
Os sintomas desse tipo de transtorno se assemelham bastante aos de qualquer outro quadro depressivo, a diferença é que ele também envolve o vínculo da mãe com o recém-nascido.
Os principais sintomas são:
- Tristeza profunda;
- Insegurança;
- Irritabilidade;
- Inquietação;
- Choro constante;
- Visão negativa em relação a vida;
- Insônia;
- Falta de apetite ou comer em excesso;
- Cansaço;
- Sentimento de culpa;
- Falta de vontade de cuidar do bebê;
- Sentimento de indiferença em relação ao bebê;
- Em casos mais graves, pensamentos suicidas, delírios e alucinações.
Como é feito o tratamento da depressão pós-parto?
Em suma, o tratamento deve ser feito de forma individual, conforme as particularidades de cada caso. No entanto, os médicos recomendam medidas naturais, como terapia, exercício físico e uma alimentação saudável.
Isso porque, algumas substâncias presentes nos medicamentos antidepressivos podem acabar passando para o bebê através do leite e acabar prejudicando a saúde do pequeno.
Mulheres com o problema costumam ser aconselhadas pelo psicólogo a entrar em terapias de grupo, para conversar com outras mulheres que estão passando pela mesma experiência.
Em relação ao exercício físico, ele é sempre benéfico para combater qualquer quadro depressivo. Portanto, mesmo que falte motivação para sair de casa e se exercitar, vale a pena distrair a mente.
Nesse sentido, uma boa opção é fazer uma caminhada com o bebê logo de manhã cedo. Ainda, se preferir, você pode deixar a criança sob os cuidados de outra pessoa, e ter esse momento exclusivo para si mesma.
Quanto ao uso dos remédios antidepressivos, eles só costumam ser recomendados em casos mais graves de depressão pós-parto, quando a terapia não é mais o suficiente.
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