A depressão nada mais é do que uma doença como qualquer outra. Não envolve fraqueza, tampouco frescura, como algumas pessoas insistem em dizer. E, embora acometa milhões de pessoas em todo o mundo, ainda é palco de muitos preconceitos.
E, apesar de haver bastante informação disponível sobre o assunto hoje em dia, muitos têm dúvidas em como saber se estão deprimidos ou apenas tristes.
Primeiramente, é importante entender que o quadro depressivo é um transtorno causado por um desarranjo no funcionamento cerebral, em que os neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, sofrem certa oscilação.
Além disso, existem muitas causas para esse tipo de transtorno, como fatores genéticos, variações hormonais e gatilhos externos.
Como saber se estou deprimido?
Essa é uma pergunta que muita gente se faz. No entanto, é bastante comum confundir a tristeza com um quadro depressivo.
A tristeza faz parte da nossa vida. É perfeitamente normal que em algum momento venhamos a passar por situações que estimulam esse tipo de emoção, como a perda de um amor, uma frustração profissional ou a perda de um ente querido.
Por sua vez, a depressão é marcada por desânimo e apatia contínuos, que podem não ter razão aparente e perduram por mais de quinze dias.
A pessoa não tem mais vontade de fazer coisas que antes eram prazerosas e não consegue enxergar uma saída para a sua desesperança emocional.
Quais os sintomas da depressão?
Os principais sintomas de um quadro depressivo são a perda de alegria em realizar atividades que antes traziam prazer e humor deprimido por mais de duas semanas, assim como cansaço constante e energia reduzida.
Caso a pessoa apresente esses sintomas por um período superior a quatorze dias, é bom ligar o sinal de alerta, pois algo está errado.
Ainda existem outros sintomas secundários que devem ser considerados. São eles:
- Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas.
- Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias.
- alterações de peso significativa, para mais ou para menos.
- Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.
- Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
- Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada ( podem ser delirantes) quase todos os dias ( não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente).
- Capacidade reduzida para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias.
- Pensamento recorrente de morte , ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
- Insônia ou hipersonia ( aumento do sono) quase todos os dias.
Como saber o nível da depressão?
A gravidade ou nível esta baseada no número de sintomas dos critérios , em sua gravidade e no grau de incapacitação funcional. Embora o psicólogo possa diagnosticar a doença, somente o psiquiatra pode confirmar com precisão qual o nível do quadro. O diagnóstico correto terá impacto direto no tipo de tratamento.
Existem três principais níveis que envolvem um quadro depressivo. São eles:
- leve: são poucos os sintomas presentes além daqueles para fazer o diagnóstico, a intensidade dos sintomas causam sofrimento , mas é manejável, e os sintomas resultam em pouco prejuízo no funcionamento social ou profissional.
- moderada: o número de sintomas, sua intensidade e/ou o prejuízo funcional estão entre aqueles especificados para “leve” e “grave”.
- grave: o número de sintomas está além do requerido para fazer o diagnóstico, sua intensidade causa grave sofrimento e não é manejável e os sintomas interferem acentuadamente no funcionamento social e profissional.
Importância da prevenção e do tratamento
Prevenir a doença é a melhor maneira de combatê-la. Manter uma boa noite de sono e levar um estilo de vida saudável, praticando exercícios físicos regulares e mantendo uma alimentação balanceada, são boas alternativas.
Caso a pessoa seja diagnosticada com um quadro depressivo, o médico psiquiatra irá indicar o tipo de tratamento mais adequado, podendo este ser somente com psicoterapia ou por meio de medicamentos, se houver necessidade.
Além dos tratamentos convencionais, existem terapias alternativas que podem complementar o tratamento e ajudar bastante na evolução do paciente contra a depressão.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!