Antes de falarmos sobre as causas e tratamentos, vamos esclarecer uma dúvida da maioria dos leitores no que se refere à psicose: não se trata de uma doença, e sim um sintoma de transtornos mentais graves.
Pessoas portadoras desse sintoma podem apresentar quadros como alucinações, delírios, desmotivação, desconfiança, confusão mental, isolamento social, depressão, pensamentos e ações suicidas, entre outros.
No caso de alucinações, a pessoa pode ouvir, cheirar ou acreditar em coisas que não são reais, que não existem, e com isso tem dificuldades em distinguir o real do imaginário.
Delírio ou transtorno delirante, ocorre quando a pessoa pensa e acredita fortemente em algo irreal mesmo depois de ter sido comprovado que não é verdade.
Não é uma experiência agradável, e geralmente causa muito desconforto para o paciente e seus familiares, por isso quanto mais conhecimento você tiver sobre o assunto, mais fácil será conduzir a situação.
Esclarecida essa dúvida vamos conhecer as causas.
Causas para a psicose
As causas nem sempre são claras e podem ser bem variadas. Entre os possíveis fatores que desencadeiam o sintoma de psicose podemos destacar:
- Uso de drogas ilícitas;
- Uso excessivo de álcool;
- Doenças mentais;
- Lesões cerebrais traumáticas;
- Tumores ou cistos no cérebro;
- Genética, existe uma tendência a este sintoma quando já há caso na família;
- Traumas, como a morte de um ente querido, guerra ou abuso sexual;
- Estresse extremo;
- Demências.
As causas são investigadas pelo psiquiatra consultado pelo paciente, procure-o ao perceber os primeiros sinais do sintoma.
Quanto mais alinhados a família, o paciente e o psiquiatra estiverem, mais rápido e menos doloroso será a descoberta das causas desse sofrimento.
É um trabalho em equipe, quanto mais alinhados melhor para todos.
Tratamento
Após a avaliação psiquiátrica e a descoberta de suas causas segue-se ao tratamento, que deve ser acompanhado por um profissional capacitado.
A avaliação pode variar desde um acompanhamento do comportamento do paciente até exames como o de sangue, Raio-X, Tomografia e Ressonância Magnética.
Os tratamentos variam caso a caso, e dependem da resposta do paciente.
Segue alguns dos tratamentos mais conhecidos:
- Tranquilização rápida. Medicamentos injetáveis.
- Medicação via oral.
- TCC – Terapia Cognitiva Comportamental. Ajuda o paciente a reconhecer os eventos psicóticos, contribui para o entendimento do paciente quanto ao uso dos medicamentos prescritos.
- Psicoterapia de apoio. Ajuda o paciente a conviver com a psicose e a pensar de forma saudável
- Terapia de Aprimoramento Cognitivo. Trabalhos em grupo para ajudar a pensar melhor.
- Psicoeducação e apoio da família. Ajudam a estabelecer vínculos com a família.
- Atendimento especializado coordenado. No primeiro diagnóstico, combina a medicação e psicoterapia com serviços sociais e suporte de trabalho e educação.
- Internação em Clínicas Especializadas
O psiquiatra que acompanha o paciente poderá optar por fazer um combinado de duas ou mais opções de tratamento, sempre com o propósito de melhorar a qualidade de vida do paciente e das pessoas do seu convívio.
Se você tem dúvidas se você ou alguém da sua família desenvolveu o sintoma de psicose, procure um profissional especializado em psiquiatria, quanto mais cedo começar o tratamento mais preparado você estará e menos problema causará a todos.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!