O autismo, também conhecido como transtorno do espectro autista (TEA), é definido como um transtorno neurológico que compromete o comportamento da pessoa e as suas habilidades de comunicação e socialização.
Esse transtorno costuma ser notado logo na infância, sendo a idade escolar a faixa etária em que os seus sinais se tornam mais evidentes.
Ademais, essa condição afeta a perspectiva da pessoa acerca do mundo e também faz com que ela apresente algumas características específicas, como dificuldade na fala e em expressar suas ideias, sempre evitar o contato visual com outra pessoa, além de apresentar padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.
Apesar de não haver uma cura para essa condição neurológica, existem algumas opções de tratamento, sendo a terapia a principal delas, que possibilitam uma melhora significativa no quadro.
Pensando nisso, separamos uma lista com x dicas que certamente irão ajudar a melhorar a qualidade de vida de uma pessoa diagnosticada com TEA. Confira a seguir!
Terapia ocupacional
A terapia ocupacional é um método de intervenção terapêutica que visa inserir determinadas atividades na rotina dos pacientes de forma que as suas capacidades motoras, cognitivas e sensoriais sejam estimuladas.
O principal objetivo desse recurso terapêutico é proporcionar uma maior autonomia e independência ao paciente, para que ele possa realizar tarefas que permitam uma participação ativa no seu dia a dia.
Dentre os benefícios que a terapia ocupacional pode proporcionar para o autista, estão:
- Aumento da capacidade de concentração;
- Melhora na coordenação motora;
- Mais independência e interação social;
- Redução nos níveis de ansiedade;
- Melhora no desempenho escolar;
Contudo, é importante ressaltar que não existe um único método de terapia ocupacional. A melhor estratégia deve ser personalizada de acordo com as características de cada paciente, incluindo atividades criativas e adaptadas para ele.
TEACCH
O TEACCH é um método de intervenção psicopedagógica que leva em consideração que os autistas são aprendizes visuais e por isso necessitam de um estilo de ensino adaptado para eles.
O modelo TEACCH utiliza uma avaliação conhecida como PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado). Por meio dela, é possível avaliar a criança e identificar os seus pontos fortes e fracos, assim como os seus interesses. Dessa forma, é possível desenvolver um programa de ensino personalizado para ela.
Esse método disponibiliza a estrutura e a organização necessária para que o autista consiga compreender o seu ambiente e tenha mais autonomia em casa, na escola e no trabalho.
Praticar exercícios físicos
Embora as terapias desempenhem um papel extremamente importante no desenvolvimento do autista, não podemos esquecer que eles também podem correr, nadar, jogar bola e praticar outros diversos exercícios. Afinal, todas as pessoas precisam se manter saudáveis.
No entanto, é importante não exigir muito da pessoa com autismo. O ideal é que as coisas sejam feitas por etapas.
Sendo assim, até uma simples caminhada pela praça pode ser um começo, o importante é se exercitar.
Isso porque, diversos estudos já comprovaram os benefícios que a prática de atividades físicas traz para quem está dentro do espectro do autismo. Dentre esses benefícios podemos citar a melhora na atenção, concentração e nas habilidades organizacionais.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!