disforia de gênero

Como é feito o diagnóstico da disforia de gênero em crianças?

Ainda nos primeiros anos de vida, já é possível identificar nas crianças os sinais comuns ao seu gênero. Porém, existem casos em que ocorre uma disforia de gênero, ou seja, uma divergência entre sexo biológico e a identidade da pessoa, o que traz grande sofrimento.

Você já ouviu falar nessa condição? Caso não, recomendamos a leitura deste texto. Neste post, explicaremos um pouco mais sobre ela e sobre as etapas que envolvem o diagnóstico.

O que é disforia de gênero?

Trata-se da desconexão entre o sexo com qual um indivíduo nasce e a sua identidade de gênero. No entanto, não se limita apenas ao sexo masculino ou feminino, pois, ele pode ter identificação com ambos ou alternar entre eles.

Assim, em função dessa divergência entre corpo e mente, a pessoa se sente aprisionada e pode apresentar sinais de depressão, irritabilidade, angústia, sofrimento e ansiedade. A disforia de gênero está presente quando o transtorno de identidade traz infelicidade para a pessoa.

Quais são os sintomas?

O mais comum é que o quadro se manifesta ainda na infância, por volta dos dois anos. Nesses casos, os sintomas mais característicos são:

  • preferem brincar com crianças do sexo oposto;
  • desejam vestir roupas não apropriadas para o seu gênero;
  • simulam continuamente que são do sexo oposto;
  • não gostam dos seus órgãos genitais;
  • preferem brinquedos e jogos próprios para o sexo oposto.

No entanto, a disforia de gênero pode ser manifestada ou percebida apenas na fase adulta. Assim, é comum que passem a se vestir com roupas adequadas para o outro gênero. No entanto, não há uma relação com o travestismo, que é um transtorno parafílico associado à excitação sexual. 

Porém, pela dificuldade de aceitação ou falta de entendimento sobre o que sente, os indivíduos tendem a agir como pessoas do próprio sexo, a fim de mascarar os seus sentimentos. Em função disso, podem desenvolver depressão, ansiedade e até comportamentos suicidas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da disforia de gênero envolve o trabalho de uma equipe multidisciplinar. No caso das crianças, além do pediatra, o acompanhamento multiprofissional é feito por psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, assistente social, educador, enfermeiro e fonoaudiólogo.

Ainda, quando a suspeita da não identificação de gênero é levantada, o primeiro passo é procurar um profissional de saúde mental para que ele avalie os sintomas apresentados pela pessoa.

Ademais, a confirmação do diagnóstico só ocorre quando os sentimentos negativos em relação aos seus órgãos sexuais existem há, pelo menos, seis meses, e se o paciente apresenta aversão a sua anatomia, sente angústia extrema e/ou não tem motivação para realizar suas tarefas cotidianas.

As pessoas com a disforia e seus responsáveis devem tratar o problema com cautela, evitando ações intempestivas, como, por exemplo, o uso de hormônios sem orientação médica.

Enfim, a disforia de gênero é um transtorno que precisa ser levado à sério. Para o tratamento, existem diferentes alternativas, sendo a cirurgia de mudança de gênero a forma mais eficaz de proporcionar a adequação entre corpo e mente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!

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