ansiedade na infância

Ansiedade na infância: como tratar?

A ansiedade infantil é um dos distúrbios psiquiátricos mas comuns, ficando atrás apenas dos Transtornos de conduta e Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Cerca de 10% das crianças sofrem de algum tipo de transtorno ansioso e 5 em cada dez passarão por algum acontecimento depressivo relacionado a essa ansiedade.

É preciso ter atenção ao tipo de ansiedade que não chega a ser um transtorno, mas pode trazer angústias e danos ao dia a dia da criança, como a falta de amor-próprio.

Além disso, ansiedade na criança deve ter a mesma atenção oferecida a qualquer indivíduo que possa vir a desenvolver a doença, visto que se trata de uma das principais patologias de saúde mental do mundo.

Inclusive, segundo a Organização Mundial de Saúde, 24% dos brasileiros sofrem de algum transtorno de ansiedade.

O Brasil tem uma das maiores taxas de pessoas com ansiedade do mundo e está entre os 5 países com maiores casos de depressão.

Nas crianças, a ansiedade pode surgir a partir do convívio familiar, que possui uma influência muito grande no desenvolvimento da criança.

Situações de ansiedade consideradas normais na infância

A ansiedade moderada é um aspecto normal e faz parte do desenvolvimento da criança. Confira, abaixo, algumas situações onde ela é esperada.

Medo ao se separar da mãe

A grande maioria das crianças pequenas sentem medo ao se separarem de suas mães, às vezes até mesmo dentro do ambiente familiar.

Medo do escuro

O medo do escuro, de insetos, de aranhas e de monstros é normal entre as crianças de 3 e 4 anos.

Timidez

A timidez pode fazer com que as crianças reajam à novas situações se afastando ou sentindo medo em um primeiro momento.

Medo da morte ou de agressões

Nas crianças maiores, o medo da morte e de sofrer algum tipo de agressão podem ser considerados comuns.

Adolescentes

Já nos adolescentes é normal a ansiedade em uma apresentação de trabalho escolar diante dos colegas de classe.

Essas situações de ansiedade listadas acima não devem ser consideradas como evidências do distúrbio. Porém, se elas se tornarem exageradas, prejudicando as ações normais da criança de forma significativa, o transtorno de ansiedade deve ser apontado.

Como tratar a ansiedade?

Os distúrbios de ansiedade geralmente são estados de preocupação, medo ou pavor exagerados que comprometem as capacidades funcionais normais da criança.

O tratamento é realizado com terapia comportamental e medicamentos antidepressivos (ISRSs).

Terapia comportamental

Nos casos mais leves, a terapia cognitivo-comportamental, que tem como base a exposição da criança de forma gradual às situações que provocam a ansiedade,entrega bons resultados.

Dessa forma, o terapeuta habilita a criança também de forma gradual a ficar menos ansiosas quando essas situações surgirem.

Terapia medicamentosa

Nos casos mais graves ou quando o terapeuta comportamental tiver dificuldades de acesso na comunicação com a criança, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), costumam ser a primeira opção para o tratamento a longo prazo.

A grande maioria das crianças suportam bem os ISRSs, porém esporadicamente pode ocorrer diarreia, perda de peso e insônia.

Além disso, em algumas crianças pode causar efeito adverso (agitação e/ou desinibição), entretanto, estes costumam ser leves a moderados. Muito raramente os efeitos comportamentais adversos são graves.

Efeitos comportamentais adversos

Os efeitos comportamentais adversos são bem peculiares, podendo aparecer com qualquer antidepressivo que a criança faça uso e em qualquer momento do tratamento da ansiedade infantil. Devido a isso, crianças e adolescentes que façam uso desse tipo de medicamento devem ser vigiados atentamente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!

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