Depressão

Depressão é uma doença genética?

A hereditariedade é um fator relevante quando se trata da depressão? A doença só se manifesta por meio de predisposição genética? Levando em consideração que o Brasil se tornou um dos países com maior número de depressivos do globo, é compreensível que alguns questionamentos sobre a condição surjam. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), por aqui, cerca de 12 milhões de pessoas convivem com a doença, ou seja, 5,8% da população estão doentes. No mundo, a OMS divulgou que mais de 300 milhões de pessoas também sofrem com a enfermidade que é considerada o mal do século. Apesar do crescimento da patologia e da ampla divulgação dela na mídia e nas redes sociais, algumas dúvidas precisam ser respondidas, entre as quais está o questionamento sobre a depressão ser o não de origem genética. Então, neste artigo, explicaremos mais a respeito. Quer saber mais, então continue a leitura!

A depressão é uma doença genética?

Sem sombra de dúvidas não podemos descartar esse indicador como um dos motivos de manifestação do distúrbio. Inclusive, uma equipe de estudiosos do King’s College London, na Inglaterra, descobriu indícios relevantes sobre o caso. Os pesquisadores realizaram experimentos com 800 famílias e descobriram que o cromossomo 3p25-26 tem relação direta com a depressão. Logo, a patologia pode ser passada de pais para filhos. Além disso, outros estudos apontam que os genes carregados por uma pessoa apresentam 40% de chance de a doença se manifestar. Portanto, sim, a depressão também é uma patologia de origem genética.

Quais perfis estão no grupo de risco?

A hereditariedade, como vimos, se caracteriza como um dos motivos do surgimento do transtorno, porém as condições externas também devem ser consideradas. Sobre isso, a Associação Americana de Psiquiatria, por meio de um estudo com gêmeos, comprovou que, enquanto um desenvolveu a doença, o outro poderia ou não desenvolver. Isso mostra que nem todos desenvolvem a patologia por conta da herança de genes. Nesse caso e em tom de alerta, enumeramos algumas circunstâncias que levam ao aparecimento da doença:
  • ansiedade;
  • traumas;
  • violência;
  • estresse;
  • doenças crônicas;
  • álcool;
  • drogas.

Quais são os sintomas da enfermidade?

Uma coisa que você deve observar é a persistência dos sinais. Por exemplo, se isso já dura mais de dois ou três meses, então é hora de buscar ajuda especializada para resolver o problema. Assim, é normal nos sentirmos tristes vez ou outra, seja pela perda de um ente querido, rompimento de relacionamentos, enfim, a gente sabe que isso tem o seu tempo e passa. Contudo, se a sensação de descontentamento se torna recorrente, então é algo que deve ser investigado. Além disso, é fundamental observar algumas circunstâncias:
  • irritabilidade;
  • pessimismo;
  • culpa excessiva;
  • perda de interesse pela vida;
  • lentidão na fala;
  • redução da energia;
  • dores de cabeça;
  • cólicas;
  • insônia;
  • falta de concentração;
  • pensamento suicida;
  • alteração no peso;
  • alteração no apetite;
  • problemas digestivos.
Como vimos, a depressão tem, sim, relação com a genética — algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver a patologia em função da herança de genes. No entanto, esse não é um fator determinante em todos os casos, afinal devemos considerar também os indicadores externos que impulsionam os sintomas da doença. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como a psiquiatra em Goiânia!

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