Redes sociais

As redes sociais podem contribuir para o desenvolvimento de doenças mentais?

Quantas vezes você checou o celular enquanto está buscando informações na internet? E as redes sociais? Está lendo este texto devido a um post em uma rede social? Desde que as mídias digitais ganharam mobilidade é cada vez mais difícil se desconectar. A facilidade do acesso a poucos cliques, além da possibilidade de se conectar constantemente, alimenta o vício em checar o celular o tempo todo. Essa mudança de comportamento possui um viés negativo, em relação ao desenvolvimento de doenças mentais. Entenda mais sobre o assunto, a seguir.

Impacto direto das redes sociais na saúde mental

Devido ao grande volume de conteúdo gerado na atualidade, é normal que as pessoas queiram estar sempre conectadas e informadas. Deixar de lado as redes por um tempo, gera a sensação de desatualização sobre acontecimentos importantes em um círculo de amigos. Esse esforço em estar atento a tudo que ocorre nas redes sociais pode causar um intenso desgaste emocional. O usuário precisa manter um nível elevado de atualização para dialogar com seus colegas. Para ele, é isso que socialmente se espera. Porém, a questão não é somente os amigos. Atualmente, temos outra forma de interação, como a produção de conteúdos que têm a missão de manter os usuários ativos nas redes, gerando interação. É importante ressaltar que, mesmo não podendo confirmar a autenticidade do conteúdo, os usuários continuam consumindo o produto e experimentando diversos sentimentos, como alegria, desprezo e raiva.

Relação entre a frequência de uso das redes sociais e a alteração de comportamentos

Além dos sentimentos descritos anteriormente, alguns comportamentos podem contribuir para o desenvolvimento de doenças mentais. É o caso das redes que facilitam o seu uso mais frequente, como WhatsApp, Facebook e Instagram. Essas mídias possuem um forte apelo à exposição pessoal e à necessidade de autoafirmação. E isso pode ser um problema. Quando postamos informações sobre nossa vida, seja um momento íntimo ou uma selfie, é porque queremos chamar a atenção e sermos vistos. Não há nada errado nisso! Entretanto, essa necessidade possui vários graus, até ser satisfeita. No entanto, a internet tem contribuído para o aumento dessa necessidade em ser notado. As plataformas se transformaram um local de autoafirmação, onde a pessoa só se reconhece diante da aprovação de outras, por vezes até um desconhecido. Espera-se receber likes, comentários e compartilhamentos. Caso contrário, ocorre uma percepção de não pertencimento.

As redes sociais e as doenças mentais

Como dissemos, não há problema em utilizar as redes sociais. O problema começa quando você fica emocionalmente abalado, com raiva ou triste, por longos períodos, ao notar que o seu influenciador não atualizou o post na semana passada. Ou ainda, se não tem o celular que ele utiliza, ou não possui condições financeiras para realizar a última viagem da blogueira que você segue. Além dos transtornos mentais, esses comportamentos podem também alterar o convívio social e as questões de saúde, como sono e a alimentação. No que diz respeito às doenças mentais, muitos usuários das redes sociais já foram diagnosticados com ansiedade e depressão. Portanto, é preciso ter atenção sobre a frequência e importância dedicadas às mídias digitais. Se você percebe que é dependente das redes sociais, não hesite em buscar ajuda de um psiquiatra de confiança. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!

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