Ter receio de algumas situações e evitá-las é normal, na maior parte dos casos. Viajar de avião, falar em público, dirigir e altura, por exemplo, são alguns desses casos. O problema, entretanto, surge quando a hesitação e o receio se tornam um medo patológico e começam a afetar profundamente a vida da pessoa.
Quer entender melhor quando o receio se torna uma doença? Continue, então, a leitura e fique por dentro do assunto.
Receio versus medo patológico
Em uma fração de segundo, a pessoa deixa de lado a razão e passa a sentir um medo desproporcional. Ele é incontrolável, a ponto de configurar uma doença. É, por isso, perfeitamente diagnosticável.
O medo injustificável que toma o lugar do receio pode envolver qualquer coisa: animais, personagens fictícios, objetos, números, dias da semana, entre outros. A partir do momento em que essa sensação excessiva começa a atrapalhar a rotina da pessoa, torna-se o primeiro sinal de algo patológico, constituindo o transtorno conhecido como fobia.
Após décadas de estudos sobre as fobias foi possível desenvolver tratamentos eficazes para a maioria delas. Porém, um fator chave para a recuperação do indivíduo é o apoio da família, pois é ela que dará o suporte inicial e ajudará a pessoa a não ter vergonha de seu problema e a procurar tratamento adequado.
De fato, existem situações em que não é necessário um acompanhamento de perto por um profissional especializado. Mas há aquelas que são muito graves. Nesse casos, o processo de tratamento pode ser gradual e mais específico — o que não significa dizer que seja demorado.
Quando as particularidades do medo patológico são identificadas, o mais importante no processo de recuperação é que a pessoa continue a realizar as atividades que até então não conseguia. É dessa maneira que condicionará um novo modelo de comportamento, no qual aquele medo excessivo pode ser perfeitamente controlável.
Por que o receio pode se tornar um medo patológico?
A medicina ainda não tem uma explicação exata para a origem de grande parte dos medos patológicos. Há estudos e pesquisas, porém, que apontam que as fobias podem ter uma relação muito próxima com o histórico familiar. Ou seja, pode ser que fatores genéticos tenham influência no surgimento do medo patológico e na sua persistência.
Por outro lado, a ciência já sabe que os medos patológicos podem ter uma ligação muito forte com situações já vividas pela pessoa e traumas sofridos. Isso pode ocorrer porque determinadas pessoas desenvolvem, com o passar do tempo, sentimentos de ansiedade e angústia relacionados às dificuldades que, em um momento anterior, tiveram um grande peso.
Por fim, é importante ficar atento aos sinais e levar muito a sério os sentimentos e sentidos. Isso porque, quando o receio passa a tomar proporções cada vez maiores, impedindo a pessoa de seguir sua vida, é sinal de que é o momento de procurar ajuda profissional. Além disso, nunca se deve esconder o que está acontecendo, já que em algum momento tudo pode vir à tona.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho com a
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