Os veículos movidos a derivados do petróleo ainda são o meio de transporte mais utilizados no País. Mas, a cada dia, para amenizar esse quadro caótico, a bicicleta aparece como uma boa pedida para a locomoção.
Os espaços destinados para uso exclusivo de ciclistas, como as ciclovias e as ciclofaixas, ganham cada vez mais o interesse dos governantes e surgem como alternativa para melhorar o trânsito das cidades.
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo em parceria com a Universidade de Melbourne, na Austrália, mostram que a construção de ciclovias está diretamente ligada ao aumento da quantidade de ciclistas.
Levantamento feito pela organização não-governamental Mobilize mostrou que, em dois anos, a rede de ciclovias e ciclofaixas de 19 capitais avançou cerca de 21%. São Paulo é hoje a capital brasileira com mais quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, num total de 468 km. Logo em seguida, vêm Rio de Janeiro e Brasília, com 450 km e 420 km, respectivamente.
Diferenças
Existem diferenças entre ciclovias e ciclofaixas. A primeira é um espaço segregado para fluxo de bicicletas, com uma separação física isolando os ciclistas dos demais veículos. Essa separação pode ser através de mureta, meio fio, grade, blocos de concreto ou outro tipo de isolamento fixo. A ciclovia é indicada para avenidas e vias expressas, pois protege o ciclista do tráfego rápido e intenso.
Já a ciclofaixa é quando há apenas uma faixa pintada no chão, sem separação física de qualquer tipo. Para melhor sinalizar, pode haver “olhos de gato” ou no máximo os tachões do tipo “tartaruga”, como os que separam as faixas de ônibus. Este tipo de caminho é indicado para vias onde o trânsito motorizado é menos veloz. Por utilizar uma estrutura viária existente, é uma opção muito mais barata que a ciclovia.
Sustentável, saudável, ecológica e barata. Os benefícios de se usar a bicicleta são vários. Mas a atividade também requer cuidado e atenção. É bom ir desenferrujando aos poucos antes de se aventurar a pedalar longas distância. Com mais condicionamento físico, concluir o trajeto fica mais fácil..
Também é preciso estar atento às regras do trânsito e respeitar a sinalização. E sempre usar os itens de segurança, como as luzes e o capacete, além de não andar com fones de ouvido, eles tiram a atenção do ciclista.
Segundo Marconi Ribeiro, campeão brasileiro de MTB e instrutor de ciclismo, os ciclistas, além da ciclovia e ciclofaixa, também podem circular nas ruas, mas com cuidado redobrado. Nas calçadas, nunca. Segundo o professor de educação física, esse espaço é exclusivo do pedestre e deve ser respeitado.
“Para circular na rua, o importante é andar na faixa da direita, sinalizar com o braço qualquer mudança de direção e usar os equipamentos de segurança, como luzes, além de sempre andar na mão dos carros”, detalha. Segundo Marconi, andar na contramão dificulta que o motorista veja o ciclista e ainda piora o impacto de uma colisão.
Em vias destinadas para ciclistas, deve-se tomar cuidado, principalmente nos cruzamentos, esquinas e conversões, onde os motoristas nem sempre dão a preferência às bicicletas.
Fonte: Saúde Brasil