A esquizofrenia é um grave e crônico transtorno mental que afeta a maneira de pensar, sentir e se comportar de uma pessoa. Além de mudanças comportamentais, também gera descaso afetivo, dificuldades de se relacionar com os demais e confusão mental.
Pessoas com essa doença aparentam ter perdido o contato com o mundo externo e, embora não seja um transtorno tão comum em comparação ao outros transtornos mentais existentes, esse distúrbio pode apresentar sintomas demasiadamente incapacitantes.
Variações
Dentre os principais transtornos psiquiátricos existentes, a esquizofrenia é um dos mais complexos devido à sua característica de causar alterações no cérebro do paciente, modificações estas que podem ser severas ao ponto do tratamento pouco aliviar o seu quadro clínico. A seguir, conheça as principais variações desta doença.
Simples
O tipo de esquizofrenia simples acarreta mudanças na personalidade do indivíduo. Normalmente, o paciente é desatento aos acontecimentos do cotidiano, indiferente ao que se refere a afeto e prefere o isolamento, prejudicando o convívio social.
Paranoide ou paranoica
Na variação paranoide, o isolamento social também é uma das características. Além disso, o portador passa por problemas como: confusão na fala, falta de emoção e propensão a achar que está sendo perseguido por pessoas e até mesmo por espíritos.
Desorganizada ou hebefrênica
A peculiaridade que envolve a doença do tipo desorganizada é um comportamento infantilizado por parte do paciente, além de pensamentos desconexos e respostas despropositadas no sentido emocional.
Catatônica
A variação catatônica costuma apresentar um quadro apático. A pessoa pode ficar na mesma posição por horas, por exemplo. Outra particularidade é a uma significativa diminuição da atividade motora.
Residual
Neste tipo da doença, embora haja alteração comportamental no convívio social e em relação às emoções, não há tanta intensidade quanto em suas demais variações.
Indiferenciada
Basicamente, a esquizofrenia indiferenciada consiste na classificação dada para pacientes que não se enquadram totalmente em um dos tipos da doença, no entanto, desenvolvem algumas das características das outras variações.
Tratamento
O tratamento para esse tipo de transtorno mental crônico deve ser realizado no decorrer de toda vida, ainda que os sintomas aparentarem terem desaparecido. Normalmente, o tratamento através de medicamentos e terapia psicossocial auxiliam no controle da doença.
É importante ressaltar que quando as crises surgirem ou houver o agravamento dos sintomas, a internação hospitalar pode ser fundamental para preservar tanto a segurança quando o sono adequado, a alimentação necessária e a higiene básica do esquizofrênico.
O médico psiquiatra é o responsável pelo diagnóstico e pelo tratamento e trabalha em conjunto com uma equipe multidisciplinar, composta por: assistente social, psicólogo e enfermeiro, que auxiliam na manipulação e nas abordagens psicoterápicas e psicossociais do transtorno. Abaixo, confira detalhes sobre os principais tipos de tratamento.
Medicamentos antipsicóticos
Os medicamentos antipsicóticos são os remédios comumente prescritos para tratar a doença e são utilizados com o objetivo de controlar os sintomas apresentados pelo paciente.
No entanto,. a opção pelo medicamento receitado também dependerá da própria vontade do paciente de contribuir com o tratamento. Caso ele se mostre relutante a ingerir os remédios, a aplicação de injeções pode ser considerada.
Psicoterapia
Por meio da terapia, o psicólogo poderá auxiliar o paciente a compreender as razões do cotidiano que provocam ou agravam os sintomas da doença, além de minimizá-los e trabalhar em cima os episódios que o levaram a desenvolver este transtorno.
Terapia eletroconvulsiva (eletrochoques)
Para pessoas adultas portadoras esquizofrenia que tomaram os medicamentos e estes, por sua vez, não surtiram o efeito esperado, a terapia eletroconvulsiva (ECT) poderá ser considerada, a cargo do psiquiatra responsável.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!