O transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica marcada pelas alterações comportamentais do paciente, mudanças de quadros de depressão para quadros de euforia (mania e hipomania). Essas alterações podem ser súbitas, com intensidade, duração e frequência variáveis, mesclando com períodos assintomáticos.
Sendo assim, o problema é bastante complexo. Apesar de se manifestar em pessoas de todas as idades, a faixa etária entre 15 e 25 é a mais afetada. Mas, afinal, o distúrbio tem cura? A resposta é não, mas, graças aos avanços da medicina e da ciência, existem tratamentos eficientes, compostos por medicamentes, terapias e mudanças no estilo de vida, que podem controlar a doença e oferecer uma vida saudável ao paciente. Conheça neste artigo os tipos de transtorno bipolar, os sintomas e as formas de tratamento.
Tipos de transtorno bipolar
A ciência ainda tenta entender mais profundamente este distúrbio, mas, observando os sintomas e o período em que eles se manifestam, os médicos dividem distúrbio em quatro tipos. Veja:
Tipo 1: considerado o mais grave, neste tipo o paciente apresenta o quadro do problema de forma bastante clara, alternando entre a condição depressiva e maníaca, acarretando em muitas dificuldades para o convívio social. A mania dura, em média, sete dias e a depressão pode durar mais de suas semanas. Em alguns casos, o paciente precisa ser internado em um hospital para controlar o quadro.
Tipo 2: aqui existe uma alternância entre situações de depressão e de hipomania (euforia leve, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade). Mais moderado, este tipo não oferece risco para as atividades sociais do paciente.
Misto: apesar dos sinais estarem presentes, a consistência dos sintomas dificulta o profissional de saúde classificar em algum dos tipos descritos acima.
Ciclotímico: o portador muda de quadros de depressão para hipomaina muitas vezes, em alguns casos no mesmo dia.
Tratamentos para o transtorno bipolar
As causas exatas que levam ao desenvolvimento do transtorno bipolar ainda não foram totalmente reveladas. Contudo, pesquisas afirmam que eventos estressantes podem precipitar o aparecimento do distúrbio em pessoas que já têm predisposição.
Mesmo que não exista um tratamento ou medicamento capazes de curar o distúrbio, a orientação de um psiquiatra e de um psicológico é fundamental. Existem tratamentos que controlam o distúrbio e ajudam o paciente a viver uma vida normal, sem grandes problemas.
O tipo de transtorno, a fase e a gravidade são fatores considerados na hora de escolher o melhor medicamento a ser prescrito, já que existe uma gama de drogas. Neurolépticos, estabilizadores de humor e ansiolíticos são apenas alguns exemplos de medicamentos que tem se mostrado eficientes. Vale lembrar que nenhum tipo de tratamento medicamentoso deve ser realizado sem a orientação de um profissional de saúde qualificado.
Uma aliada do tratamento medicamentoso no controle da bipolaridade, é a terapia. Por meio das sessões, o paciente irá entender melhor o problema e desenvolverá recursos importantes para o seu cotidiano. Além disso, a terapia o ajuda a ser persistente na medicação. No controle do transtorno bipolar, a ajuda de familiares e amigos é muito importante, seja para identificar o problema ou durante o processo de tratamento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!
